Histórico

O plantio de café iniciou-se por volta de 1844, no sistema natural, com base numa monocultura. O café se adaptou muito bem na região, assim foram derrubadas grandes areas de mata com objetivo de produzir mais e mais café. Em 1950, começou a adubação orgânica, em 1960 iniciou-se a adubação química que após alguns anos exigia o uso cada vez mais intenso de agrotóxicos, havendo sempre um de última geração considerado o mais “eficiente”. Em que? e Para que?

Em 1970, iniciou-se o plantio de café adensado (de 6 a 10 mil pés por ha). Em 1987, começou o super adensamento (de 20 a 30 mil pés por ha) para uma cobertura mais rápida do solo. Dessa forma, evitava-se a incidência direta de chuvas e raios solares; formou-se assim um reflorestamento de café que propiciou uma relativa melhora na qualidade e quantidade da vida microbiana e permitiu abandonar, em 1990, o uso de agrotóxicos. A partir de então, passou-se a produzir o café sem agrotóxicos (SAT) certificado, em 1993, pela AAO (Associação da Agricultura Orgânica), quando foi realizada e primeira exportação direto da Fazenda para o Japão. Desde então a NITTO COFFEE COMPANY (uma das mais tradicionais do oriente, fundada em 1909) importa, torra e comercializa o café, personalizado como CAFÉ FLORESTAL (MORINO KOOHII-Fazenda Santo Antônio).

Em 1996, tivemos coragem e foi definitivamente implantada a Agricultura da Grande Natureza (sem o uso de fertilizantes, quer quimicos ou orgânicos, e agrotóxicos- usando unicamente a energia do solo, da água e do sol) que procovou uma verdadeira revolução na micro vida do solo e do ar, quer dizer, os microorganismos benéficos conseguiram vencer a guerra contra os patógenos, causando um reflexo direto no sabor e aroma dos frutos, reflexos este que vem melhorando ano após ano, modificando o comportamento não só do solo, da água, do ar, da flora e da fauna, mas principalmente do homem.

Por ter sido realizado um cultivo sem agrotóxicos de espécie alguma, a FAZENDA SANTO ANTÔNIO, recebeu em 1999, o Certificado do IBD (Instituto Biodinâmico).

Em Janeiro de 2001, teve inicio a introdução das arvores amigas do café, serviço este continuo sempre buscando novas variedades.

Em setembro de 2003 começou o consorcio de animais domésticos no cafezal com pastoreio rotativo de bovinos, em junho de 2004 em piquetes moveis com cerca elétrica, usando energia solar.

Neste projeto, os investimentos se restringem à inclusão e ao trabalho de condução das árvores e dos animais e dos microorganismos a fim de obter fartas colheitas para “TODOS” os seres.
A inclusão de vegetais amigos do café, está sendo feita de maneira bastante simples e econômica através de sementes lançadas diretamente no local definitivo, ou por meio de ramas, estacas ou mudas. A maioria, porém, foram plantadas pelos pássaros, animais, ventos, etc... Estas com grande sabedoria.

A condução das árvores consistiu num trabalho de acompanhamento visando a sua maior eficiência na agro-silvicultura. Assim, se um pau d`alho, após sete ou nove anos, junto a um cafeeiro lhe transmite uma informação negativa, faz-se a recepa deste para que sua rebrota volte a transmitir informações positivas. De um modo geral, o comportamento dos vegetais depende do local. Assim um pau-pereira, que seca um pouco a terra numa grota, é um grande amigo do café, mas esse mesmo pau-pereira, a cem metros de distância, num cocuruto, é um grande inimigo; um timburi que molha a terra, mesmo no espigão, é muito benéfico; a mangueira é muito amiga, mas sua sobra densa precisa de uma severa poda para erguer a copa, melhorando assim a qualidade de luz e de areação (brisas).
Em 2007 iniciou-se a utilização das madeiras caídas no cafezal a muitos anos e das madeiras conduzidas, como forma de seqüestrar carbono, realizando assim mais uma colheita da Agricultura da Grande Natureza. Estas madeiras que iriam apodrecer no cafezal e liberar o carbono na atmosfera, estão sendo recolhidas, cortadas, tratadas com sol e cera natural, para serem utilizadas como decoração, tabuas de queijo, porta copos, souplats.......